Após ver o enorme estrago que sua invenção produziu, Oppenheimer se arrependeu de ter contribuído para a morte de milhares de pessoas.
Com uma educação refinada, Robert Oppenheimer estudou matemática, ciências, literatura grega e francesa. Se formou em 1925 na Universidade de Harvad com a maior das honras. Dois anos depois já era doutor pela Universidade de Göttingen, na Alemanha, com apenas 22 anos. Foi nessa instituição que estudou e contribuiu para avanços na física quântica.
De volta aos EUA, continuou seus estudos e deu aulas na Universidade de Berkeley. Se tornou uma referência em física teórica e ajudou a desenvolver pesquisas em diversos campos da ciência.
A busca pela criação dessa arma de destruição em massa foi impulsionada após os físicos Albert Einstein e Leo Szilard advertirem o governo norte-americano sobre a possibilidade da Alemanha nazista criar armas nucleares, já que estudiosos alemães haviam descoberto a fissão nuclear.
Assim, em 1942, Robert assume a direção do projeto, se tornando o grande líder da empreitada, responsável pela coordenação de uma grande equipe de cientistas.
Ele determinou a construção de centros de pesquisa no deserto de Los Alamos, no Novo México. Dessa forma, após muito trabalho, em 16 de julho de 1945 foi realizada a primeira explosão de uma bomba atômica em caráter experimental. O feito aconteceu no deserto de Los Alamos e a bomba foi chamada de Trinity.
Um mês depois do teste, em 6 e 9 de agosto de 1945, duas bombas foram jogadas por aviões norte-americanos sobre as cidades japonesas Hiroshima e Nagasaki. A primeira foi apelidada de Little Boy e a segunda de Fat Man.
A detonação dos artefatos nucleares causou o genocídio de mais 300 mil pessoas nas duas cidades. As mortes foram tanto instantâneas quanto a longo prazo, provocadas por efeitos radioativos.
O cientista tomou um posicionamento contrário ao uso das bombas nucleares, sobretudo da bomba de hidrogênio, e lutou pelo fim da corrida armamentista entre EUA e União Soviética.
Seus esforços foram em vão e por conta de suas declarações, o cientista foi proibido de ter acesso a documentos e perdeu parte de sua influência.
Ele foi ainda acusado de ter ligação com o comunismo, sendo caçado pelo macartismo, apontado como traidor do governo norte-americano.
O físico se arrependeu profundamente de ter contribuído para o desenvolvimento de uma arma tão letal e lamentou a morte de milhares de pessoas.
"Agora eu me tornei a morte, a destruidora de mundos."
A doença foi descoberta em 1965 e ele chegou a fazer uma cirurgia e tratamentos com quimioterapia e radioterapia, mas sem sucesso, morreu aos 62 anos.