13/05/2024 teste
MARIA TERESA DA ÁUSTRIA, A IMPERATRIZ QUE SEDUZIU A EUROPA

Maria Teresa Valburga Amália Cristina da Áustria (Viena, 13 de maio de 1717 - Viena, 29 de novembro de 1780), foi a primeira e única mulher a governar sobre os domínios habsbúrgicos e a última chefe da Casa de Habsburgo (a partir de seu casamento a Casa Real passou a denominar-se Casa de Habsburgo-Lorena). Foi soberana da Áustria, Hungria, Boêmia, Croácia, Mântua, Milão, Galícia e Lodomeria, Parma e Países Baixos Austríacos, de 1740 até a sua morte. Pelo casamento, tornou-se duquesa da Lorena, grã-duquesa da Toscana e imperatriz consorte do Sacro Império Romano-Germânico. É considerada um dos déspotas esclarecidos. Chefiou um dos estados mais importantes de seu tempo, governando grande parte da Europa Central.

 

O seu reinado de 40 anos foi iniciado com a morte de seu pai, Carlos VI do Sacro Império Romano-Germânico, em outubro de 1740. Isto só se tornou possível com a adesão do imperador à Pragmática Sanção de 1713, visto que os territórios dos Habsburgos eram regidos pela lei sálica, que impedia a sucessão feminina. Entretanto, com sua morte, Saxônia, Prússia, Baviera e França rejeitaram o documento que haviam reconhecido como legítimo até então. A Prússia invadiu a província da Silésia, provocando um conflito de nove anos conhecido como a Guerra de Sucessão Austríaca. Mais tarde, Maria Teresa tentaria, sem sucesso, reconquistar a Silésia durante a Guerra dos Sete Anos.

 

Casou-se com Francisco Estevão de Lorena (futuro Imperador Romano-Germânico como Francisco I) e teve dezesseis filhos, entre eles as rainhas Maria Antonieta de França e Maria Carolina das Duas Sicílias, a duquesa Maria Amália de Parma e dois imperadores do Sacro Império Romano-Germânico: José II e Leopoldo II (ambos co-governantes da Áustria e da Boêmia, juntamente com a mãe).

 

Maria Teresa foi responsável por grandes reformas financeiras e educacionais, com o apoio do conde Frederico Guilherme de Haugwitz e de Gottfried van Swieten, promoveu o comércio e desenvolveu a agricultura, além de reorganizar o exército austríaco, o que fortaleceu a posição internacional da Áustria. Tais políticas, juntamente com a sua ambição e suas estimadíssimas origens, contribuíram para fazê-la uma das soberanas mais poderosas e temidas da Europa, perfeitamente comparável à rainha Vitória do Reino Unido, por exemplo. No entanto, ela recusou-se a permitir a tolerância religiosa, levando seus contemporâneos a avaliar seu regime como preconceituoso e supersticioso. Como jovem monarca que lutou duas guerras dinásticas, Maria Teresa acreditava que sua causa deveria ser a causa de seus súditos, mas, em seus últimos anos, passou a acreditar que sua causa deveria prevalecer.

 

 

 


Foto: Imagem: nationalgeographic.pt/historia/a-imperatriz-que-seduziu-a-europa_1604
Fonte: Wikipédia